sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Ouvindo Gershwin no trem


Itapevi não tem os encantos de Paris (Hoje, com mendigos sob a Torre de ferros, segundo meu amigo que lá esteve, recentemente) ou de Curitiba (ainda bela), mas tem o cheiro do ralo, das massas e da minha maçã amassada, na minha pasta preta. Que estranhos caminhos a gente escolhe pra prosseguir com a vida...O meu, atualmente, tem início na estação de trem de Itapevi, parando na Barra, que não é do Rio - mas é funda, cheia, barulhenta - e teletransportando-me para a Luz (que admito, é linda!). E, aí, em Utinga (origem indígena?), meu destino final. Tempo estimado: 2 horas e meia. Entre vendedores ilegais (e incautos) de balas ("Olha o Ráussgeladinhosensaçãorefrescantenagarganta!", Chicretes!) e músicos fazendo a gente rir e chorar, aguardo minha absolvição, quem sabe de um Deus vindo das páginas da bíblia puída, daquele beato, de terno, sentado à minha frente.
Mas até que o juizo final aconteça, sigo, desajuizada, pelos trilhos da estrada férrea ouvindo Gershwin, no meu fone de ouvido, da Samsung.



8:15



Som do Trem: Somertime

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